sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Os super teclados e o retorno às origens 

O QUE, NÓS, TECLADISTAS, TEMOS A VER COM TODA HISTÓRIA DA MÚSICA? SIMPLESMENTE TEMOS TUDO A VER!!

 * Bruno de Freitas

A História da Música é belíssima. Desde que o homem apareceu na Terra, a música o acompanha, expressando a interioridade, a natureza que nos cerca, os sons que conhecemos e os sons que só existem porque existimos: os sons que inventamos.

No decorrer da linha do tempo que costumamos estudar e contar, a.C. e d.C, muita coisa aconteceu e, em especial, de quinhentos anos até os dias atuais. Não que a Idade Média seja a “Idade das Trevas”, longe disso, pois muita riqueza cultural e de conhecimento científico veio dela; nem que a Idade Antiga (Grécia e Roma) fiquem fora do nosso mapa musical, de lá também veio o que temos hoje nos princípios e até avanços do conhecimento científico e artístico.

Mas vale focar agora, dos quinhentos anos até os dias atuais, no que tem ocorrido na música, especialmente ocidental.

Após a Reforma Protestante, o início das Grandes Navegações, a “descoberta”  do Novo Mundo, o caminho das Índias (muitas mercadorias da lá para aqui - gostos, costumes e até instrumentos como o violino), o mundo girou mais rápido. Vale a pena recordar aqui, cronologicamente e arredondando de 1500 até hoje, a história (da música) é nomeada, basicamente, em Renascimento, Barroco, Neoclassicismo (ou propriamente Classicismo), Romantismo, Modernismo e Contemporâneo.

Cada período da história foi, e vai, aglomerando novos sons, novos instrumentos, novas técnicas, novos gêneros e estilos musicais, assim como maneiras “novas” de fazer música.       
Contudo, a produção musical esteve em alta, especialmente nos últimos trezentos anos. Parece paradoxal, pois hoje também temos uma produção musical em alta. Mas, é inevitável reconhecermos, e nos alegrarmos! Que maravilha os grandes compositores nos deixaram! Monteverdi, Handel, Corelli, Scarlatti, Vivaldi, Bach, Mozart, Haydn, Gluck, Beethoven, Schubert, Schumann, Liszt, Wagner, Bizet, Debussy, Rachmaninoff, Carlos Gomes, Villa Lobos entre muitos outros. Que beleza!

Todos estes nomes foram e são nossos professores de arranjo, composição, instrumentação e ideias infinitas, fontes de inspiração. A História da Música é infinitamente gratificante, edificante e fonte infinita para nós e para as próximas gerações.

Com o legado dos grandes nomes da música, o desenvolvimento do timbre perfeito de cada instrumento tem se aprimorado - convido aqui, caro leitor, à dar uma olhada na edição nº 47, na matéria “Piano, o Rei dos Instrumentos” do nosso colaborador e amigo Uhlik, ao qual aborda o desenvolvimento deste maravilhoso instrumento, e sua inacabada trajetória.

Se analisarmos cada instrumento pop hoje - trompete, sax, violão, violino, guitarra, contrabaixo, piano, bateria, flauta transversa, chegamos à uma conclusão comum entre todos: o tempo e o desenvolvimento no campo da luthieria melhora sempre os instrumentos, e resumindo, quanto mais atual, melhor o som.

Pensando bem, não apenas os pop mas todos! Todos os instrumentos de uma orquestra sinfônica, por exemplo. Quanto mais atual, melhor. Melhor o timbre, melhor a resposta, melhor a maneira de tocar, melhor a mecânica e as nuances. Aí vem à tona a nossa sina de músicos “qual o próximo lançamento?” Chega a ser cômico.

E nós, tecladistas, o que temos a ver com toda essa história? Tudo! Temos tudo a ver.

O profissional das teclas hoje,  precisa de todo esse legado da história da música junto e inserido no seu equipamento, no seu setup. Tocar numa banda de baile, por exemplo, requer do tecladista uma biblioteca incrível à sua disposição. Um bom naipe de metais, um bom piano acústico, um bom naipe de madeiras, timbres específicos de flautas, inclusive timbres dos synths analógicos do século passado. Além disso, requer um equipamento robusto, que não o “deixe na mão” na correria entre um show e outro. Aproveito aqui para mencionar a dinastia Yamaha Motif (Motif, Motif ES, Motif XS, Motif XF e comemorativa XF WH) e, agora, com o herdeiro já muito bem sucedido Yamaha Montage, dez vezes mais poderoso.

O Yamaha Montage faz-nos respeitosamente chamá-lo de um super teclado e o retorno às origens. Mas o que o traz à tal nível? Simples: sua incrível biblioteca de samples internos fiéis à história da música (herdado de todos os Motifs), somado a síntese FM, agora chamada de FM-X. É feliz lembrar que o DX e a tecnologia FM deu um brilho especial no curso da música mundial, registrado por grandes clássicos do Pop.

A família Motif simplesmente fez e faz história no mundo inteiro, os preferidos e o número um em vendas em todo o globo, e que conseguiu acolher toda a história da música e sua vasta biblioteca de timbres com alta fidelidade e com alta confiabilidade de hardware e software.

Em paralelo, a vasta família dos teclados arranjadores, como a linha Yamaha PSR-S e o Yamaha Tyros fazem história, respeitando a linha do tempo da música mundial, ao qual oferece alta qualidade nos timbres internos, inclusive categorizados por fidelidade/ capacidade de sampleamento, dependendo do modelo, como o Cool! Voice; Live! Voice; Sweet! Voice; Mega Voice; Super Articulation 1 e 2!

Tudo isso nos deixam muito felizes, uma vez que nos dá a certeza de que a música séria está sendo respeitada, e conseguimos estudar, produzir, tocar ao vivo e apreciar com clareza a vasta música e história da música mundial. Isso sem mencionar os incríveis pianos digitais e as clavinovas, com fidelidade e versatilidade ímpar e que herdam os timbres dos extraordinários grand pianos.

A paixão sobre os super teclados, suas origens e suas propostas é astronômica, entretanto, vamos aos poucos. Edição por edição podemos abordar mais sobre respeito, aprendizado e mão na massa sobre a relação da história da música e o fazer musical hoje. As tecnologias que temos à disposição e a realidade nossa como músico brasileiro, em meio ao contexto político e econômico confuso que estamos inseridos.


Uma coisa é certa: vale a pena a pesquisa, a consciência do inacabado e da melhora constante, para uma compreensão cada vez mais clara de como fazer música de qualidade, clareza sobre nossos equipamentos, sempre com humildade, sendo assim músicos-referência em uma sociedade que precisa da gente.
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* Bruno de Freitas é Tecladista, professor, produtor, demonstrador de produtos da Yamaha, endorser da Stay Music e colaborador da Revista Keyboard Brasil




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